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Polícia

Vítima de falsa biomédica passa por rescontrução labial

"Dói ver a tal profissional passeando no centro da cidade fazendo compra como se nada tivesse acontecido comigo mais outras vítimas isso me entristece muito", desabafou

Terça-feira, 12 Novembro de 2024 - 07:27 | Thays Schneider


Vítima de falsa biomédica passa por rescontrução labial
Umas das primeiras vítimas da falsa biomédica, a esteticista de 26 anos passou por mais uma cirurgia para corrigir o procedimento (Foto Divulgação)

Umas das primeiras vítimas da falsa biomédica, a esteticista de 26 anos passou por mais uma cirurgia para corrigir o procedimento realizado pela falsa profissional. A vítima operou em São Luís, capital do Maranhão e já gastou mais de R$ 20 mil, entre despesas hospitalares e hospedagem. 

Ao Diário Digital a jovem relatou que fez uma reconstrução labial e cirurgia de retirada na face de PMMA. "Descobri que foi aplicado PMMa corporal denso, material semelhante à borracha de escola, os piores materiais contrabandeado. E o que me dói é ver a tal profissional passeando no centro da cidade fazendo compra como se nada tivesse acontecido comigo mais outras vítimas isso me entristece muito", desabafou.

O CASO- A falsa biomédica, Ana Carolina Brites, de 27 anos, foi indiciada nesta sexta-feira (20) por lesão corporal e exercício ilegal da profissão após realizar preenchimento labial em pelo menos quatro pacientes no dia 13 de setembro na clínica onde fica localizada na Antônio Maria Coelho, em Campo Grande. Ela se apresentava como esteticista e biomédica.

Na data, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão no endereço de atendimento e na residência da suspeita. A equipe da 2ª Delegacia de Campo Grande com apoio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon) apreenderam uma dezena de seringas já utilizadas com descarte em desacordo com as normas sanitárias, além de diversas substâncias usadas para aplicação de ácido hialurônico e botox.

Em diligências, os policiais constataram também que Ana Carolina não possui nenhuma formação superior. Segundo as informações obtidas junto à Universidade Cesumar, ela chegou a frequentar o curso de Biomedicina, mas não se formou. Após a repercussão do caso na imprensa, a investigada apagou a informação em sua rede social de que era biomédica.

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