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Polícia

TJMS se pronuncia após operação da PF contra venda de decisões judicais

Ao todo, foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão na Campo Grande, Brasília, São Paulo e Cuiabá

Quinta-feira, 24 Outubro de 2024 - 13:35 | Marina Romualdo


 TJMS se pronuncia após operação da PF contra venda de decisões judicais
(Foto: Divulgação)

Cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul foram afastados do cargo após determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta quinta-feira (24), em Campo Grande. Entre os alvos da Operação "Última Ratio" que foi deflagrada pela Polícia Federal estão Marcos Brito, Vladimir Abreu, Sérgio Martins, Sideni Pimentel e o Alexandre Bastos.

Ao todo, foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão na Capital, Brasília, São Paulo e Cuiabá. A ação investiga a corrupção e a venda de sentenças. Estão incluídos também outros servidores, 9 advogados e empresários suspeitos que também se beneficiaram do esquema.

Além dos desembargadores, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de MS (TCE-MS), Osmar Jeronymo também foi afastado do cargo, o desembargador aposentado, Júlio Roberto e o juiz, Paulo Afonso e o servidor do TJMS, Danilo Moya.

Vale destacar que Pimentel foi eleito há uma semana e vai presidiar o TJMS a partir de fevereiro de 2025. No qual, substituiu o Sérgio Martins. Sendo assim, além do afastamento, o STJ determinou a proibição de acesso às dependências do órgão público, vedou a comunicação com as pessoas investigadas e o desembargadores terão que utilizar tornozeleira eletrônica.

Por meio de nota, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul comunicou que o ministro, Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça, no âmbito de investigação determinou medidas direcionadas exclusivamente a alguns desembargadores, magistrado e servidores do TJMS, as quais estão sendo regularmente cumpridas, sem prejuízo a quaisquer dos serviços judiciais prestados à população e que não afetam de modo algum os demais membros e componentes da justiça sul-mato-grossesse.

"Os investigados terão certamente todo o direito de defesa e os fatos continuam sob investigação, não havendo, por enquanto, qualquer juízo de culpa definitivo. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul seguirá desenvolvendo seu papel de prestação jurisdicional célere e eficaz, convencido de que aos Desembargadores, magistrado e servidores referidos, será garantido o devido processo legal", finalizou a nota.
 

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