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Polícia

Pecuarista preso por maus-tratos a gados é solto após prestar depoimento

Após a investigação, mil bovinos foram encontrados desnutridos e mais de 50 mortos às margens do Rio Taquari

Segunda-feira, 09 Setembro de 2024 - 15:50 | Marina Romualdo


Pecuarista preso por maus-tratos a gados é solto após prestar depoimento
Mais de 50 bovinos foram encontrados mortos na fazenda que fica no interior de MS (Foto: Divulgação/PMA)

O pecuarista, de 62 anos, preso por maus-tratos de bovinos e abandono, foi liberado após prestar depoimento na Delegacia de Rio Verde de Mato Grosso. Os policiais encontraram em torno de mil bovinos vivos em condições visíveis de desnutrição e mais de 50 mortos às margens do Rio Taquari na região conhecida como Tupã, entre Coxim e Rio Verde.

De acordo com o delegado, Matheus Vital, não foi possível a autuação em flagrante. Pois, a pena é inferior a 2 anos. "A pena deste crime é de três meses a um ano, não sendo possível a autuação em flagrante delito. O autor saiu da DP sob o compromisso de cuidar dos gados que ainda sobreviveram, arrumando alguma alternativa para liberar água para matarem a sede". Além disso, foi feito o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) na delegacia.

Após quatro dias de levantamentos, a equipe conseguiu localizar o dono do local, que foi detido no último domingo (8), em Campo Grande e conduzido a Delegacia de Polícia de Rio Verde. Conforme a ocorrência, a fazenda que fica situada na região conhecida como Tupã, entre Coxim e Rio Verde, encontrava-se em situação crítica – abandonada, com falta de água e pastagens, ou qualquer outro alimento para os animais, cenário agravado pela seca severa dos últimos dias.

Embora o maquinário estivesse em condições de uso, a equipe encontrou um quadro desolador com mais de 50 bovinos mortos e em torno de 1000 vivos em condições visíveis de abandono e maus-tratos, muito debilitados e incapazes de se locomover. Durante a vistoria, os policiais ambientais tentaram socorrer alguns novilhos, oferecendo água de garrafas térmicas e retirando animais que estavam atolados em uma poça de lama. A ação contou com o apoio da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO) do Ministério Público Estadual (MPE).

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