Polícia
Pai do acusado de estuprar e matar Sophia espancou neto na Capital
PM aposentado agrediu a criança de 5 anos que foi parar em um abrigo no dia 15 de setembro
Segunda-feira, 23 Outubro de 2023 - 15:50 | Marina Romualdo
O pai do Christian Campoçano Leitheim, de 49 anos, é suspeito de espancar o próprio neto, de 5 anos, e perder a guarda do pequeno, que atualmente está em um brigo em Campo Grande (MS). Christian é acusado de estuprar e matar a enteada, Sophia de Jesus Ocampo, de apenas 2 anos, no dia 26 de janeiro de 2023.
Conforme as informações apuradas pelo Diário Digital, a criança foi a escola com o olho roxo no dia 15 de setembro. A direção da escola notou os hematomas no pequeno e comunicou o Conselho Tutelar da Região Norte.
Diante das lesões, a criança foi levada para prestar depoimento especializada na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (DEPCA) e confirmou que era agredida pelo avô, o policial militar aposentado, Adailton Cristiano Leitheim na presença avó, Luciana dos Santos Campoçano Leitheim. Ele foi encaminhado para realizar exames no Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL) e, em seguida, transferida para o Unidade de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescente (UAICA II).
A mãe do menino, Andressa Victória Fernandes Canhete, de 23 anos, contou que não tinha a guarda do filho e tem meses que não o vê. Segundo o relato, ela chegou a fazer o pedido da guarda da criança junto à Defensoria Pública, mas foi informada que a guarda provisória tinha sido dada aos avós paternos. A família de Christian alegou que Andressa não tinha condições psicológicas de cuidar da criança e que nunca contribuiu para educação do filho.
Vale destacar, que Andressa ficou sabendo que o filho estava em um abrigo devido a uma mensagem informando sobre uma audiência marcada para o dia 27 de outubro, sobre assuntos referentes ao acolhimento do pequeno. A jovem começou a namorar o acusado de matar Sophia em 2017 e relembra que o relacionamento tinha vários episódios de violência.
Em novembro de 2018, a filho que estava com 7 meses, Andressa e Christian decidiram morar com os pais dele. Ela afirmou que passou a viver em cárcere privado, pois, não podia sair e, se fosse sair somente em companhia do Cristian, não podia entrar em contato com familiares e nem com os amigos. Além disso, não tinha acesso às redes sociais.
Contudo, Andressa salienta que não quer que o filho tenha o mesmo fim da pequena Sophia. Por isso, irá lutar para conseguir a guarda do filho na Justiça.
Caso Sophia – A pequena foi assassinada pela própria mãe, Stephanie de Jesus da Silva e pelo padrasto, Christian Campocano Leitheim, no dia 26 de janeiro.
O laudo de necrópsia confirmou que a Sophia foi morreu em decorrência de um traumatismo raquimedular, isto é, lesão na coluna vertebral. Foi constatado que a criança também foi estuprada, porém, “não recente”. Além disso, a bebê foi morta entre 9h e 10h, mas só foi levada para unidade de saúde às 17h.
Na tarde do dia 26 de fevereiro, a mãe da pequena a levou já morta à UPA Coronel Antonino na Capital. A criança tinha várias lesões pelo corpo e as partes íntimas pareciam excessivamente dilatadas. A suspeita de estupro foi confirmada.
Ao ser informada sobre o óbito, a mãe não teria esboçado surpresa ou remorso, segundo descreve o registro policial. A Polícia Civil afirma que as investigações apontam que o padrasto teria orientado a genitora a dizer que a criança “caiu do playground [parquinho]”.
Investigadores do Grupo de Operações e Investigações (GOI) foram acionados até a UPA. A princípio, a mãe negou que agredia a menina. Relatou que trabalhava durante o dia que a filha ficava sob cuidados do padrasto. Então, apontou que o homem batia na menina com tapas e socos, para “corrigi-la” e afirmou, inclusive, que participava das agressões.
Durante as investigações, o que chamou atenção da Polícia Civil é que a menina havia sido atendida mais de 30 vezes na unidade de pronto atendimento. Inclusive, em uma delas, a criança estava com a perna quebrada. Com a apuração, foi constatado que a pequena teve a perna quebrada com um chute do padrasto, Christian.
Com todas as constatações, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) denunciou Stephanie e Christian por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulnerável. Além do homicídio, Stephanie foi denunciada pela omissão de socorro da menina.
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