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Polícia

Mulher é morta a facadas pelo companheiro após bebedeira em Anhanduí

Amiga da vítima afirma, ainda, que outro homem estaria envolvido no crime; o namorado segue foragido

Segunda-feira, 28 Novembro de 2022 - 08:31 | Victória de Oliveira


Mulher é morta a facadas pelo companheiro após bebedeira em Anhanduí
Caso foi registrado na 1ª Deam - (Foto: Luciano Muta)

Mulher, de 55 anos, identificada como Monalisa Pereira Alves Muricy, foi morta na noite deste domingo, 28 de novembro, pelo próprio companheiro no distrito de Anhanduí (MS), a cerca de 60 quilômetros da capital. O caso ocorreu após bebedeira e autor segue foragido. Monalisa é a 38ª vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul.

O crime ocorreu por volta das 20h30, apontam informações levantadas pelo Diário Digital. A vítima foi morta a golpes de faca pelo próprio companheiro, identificado como Vagner, em residência da rua Barão Von Oper. O casal estava acompanhado de amigos, e todos ingeriam bebidas alcoólicas. 

Em determinado momento, Vagner começou a esfaquear Monalisa até a morte. Após o crime, fugiu do local. Equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada ao local e constatou o óbito da vítima.

A faca utilizada no crime foi encontrada há poucos metros da residência. Testemunha, que se identificou como amiga da vítima, relatou aos policiais que outro homem também teria esfaqueado Monalisa. Os dois fugiram após o feminicídio.

O outro envolvido foi encontrado e não soube informar o paradeiro de Vagner. O homem foi encaminhado para 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Campo Grande. A Polícia Civil segue em buscas pelo namorado de Monalisa.

Feminicídio - Monalisa Pereira Alves Muricy é a 38ª vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul, quando a mulher é assassinada por questões de gênero e o crime envolver violência doméstica ou familiar, bem como menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Conforme a Subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM), as motivações mais recorrentes para o crime são o ódio, o desprezo ou o sentimento de perda do controle e da propriedade sobre as mulheres.

Antes de Monalisa, o último caso de feminicídio foi registrado na Capital. Travesti, conhecida como Rihanna, foi morta a ‘pauladas’ pelo companheiro Juarez de Oliveira Souza, de 56 anos, com quem convivia há cerca de oito dias em residência na rua Laranjeiras, no bairro Jardim Noroeste. Em depoimento à Deam, Juarez afirma que teria matado a companheira após discussão do casal. 

Feminicídio e abuso marcam fim de semana
Rihanna foi morta com diversos golpes de pedaço de madeira - (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Vizinhos relataram que as brigas eram constantes entre o casal, especialmente por conta do uso de entorpecentes. O homem foi preso em ponto de ônibus, tentando fugir do local. Ele responderá pelo crime de feminicídio. Rihanna é a 37ª vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul no ano de 2022.

A capital também foi cenário para o feminicídio de Alexsandra Galvão, de 42 anos. A vítima foi morta a facadas pelo companheiro na madrugada de 13 de novembro, em residência da Rua dos Pinheirais, Bairro Centro-Oeste, em Campo Grande (MS). No local foi constatado que a vítima apresentava um corte profundo na parte posterior do pescoço, até a bochecha do lado direito do rosto (quase degolada), e estava deitada de bruços, em início de rigidez cadavérica.

Morta a facadas pelo marido é a 36° vítima de feminicídio em 2022
Alexsandra Galvão, tinha 42 anos (Foto Divulgação)

De acordo com as informações, a vítima estava, ainda, com a blusa levantada na altura dos seios,  com shorts abaixados até o tornozelo, preso, apenas, no tornozelo direito, sem roupas íntimas. O  corpo de Aleksandra Galvão passará por exame de sexologia forense, por haver suspeita de tentativa de estupro, conforme informou a delegada responsável pelo caso Elaine Benicasa.

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