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Polícia

Morre criança de 2 anos que foi espancada pela mãe e padrasto na Santa Casa

O bebê estava em internado em estado grave e no dia 5 de fevereiro teve uma piora no quadro de saúde

Segunda-feira, 12 Fevereiro de 2024 - 15:10 | Marina Romualdo


Morre criança de 2 anos que foi espancada pela mãe e padrasto na Santa Casa
A criança estava internada em coma na Santa Casa (Foto: Reprodução)

O bebê de 2 anos que foi espancado pela mãe e o pelo padrasto morreu na tarde desta segunda-feira (12) na Santa Casa de Campo Grande. Ele estava internado em estado gravíssimo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Capital.

Durante o dia 5 de fevereiro, segundo a assessoria de imprensa do hospital, a criança apresentou uma piora no quadro de saúde e ele estava sendo mantido em ventilação mecânica, hidratação venosa e cuidados higiênicos. 

Como já divulgado pelo Diário Digital, a criança foi espancada pela mãe e pelo padrasto em uma residência no bairro Jardim Colibri. No dia dos fatos, a mãe de 19 anos levou o pequeno para unidade hospitalar e informou que ele havia caído de um degrau enquanto brincava com a irmã de 4 anos.

Diante disso, a Polícia Militar foi acionada para comparecer no hospital, onde o caso seguiu sendo investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA). Com isso, a equipe policial iniciou uma investigação e concluiu que a mãe e o padrasto foram os autores das agressões contra a criança.

A jovem e o homem identificado apenas como "Kadu" foram presos temporariamente na manhã no dia 1° de fevereiro e devem responder por tentativa de homicídio. Porém, agora com a morte do bebê, o crime deve mudar para homicídio.

Durante a coletiva de imprensa, a delegada responsável pelo caso, Nelly Macedo, afirmou que a maior dificuldade foi estabelecer a dinâmica sobre o que aconteceu com a criança, pois, havia muitas inconsistências do que foi notificado para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no dia dos fatos.

"Foi informado que a criança teria caído em uma via pública e as diligências no local não deixava o fato concluído. Mas, havia o relato da mãe do bebê no hospital relatando que o pequeno teria caído da escada da residência, de onde estavam morando. Porém, as lesões na criança eram mais graves como - trauma no pulmão, fígado, crânio e líquido no abdômen e isso fez a equipe policial suspeitar de tentativa de homicídio", explicou Macedo.

Segundo a delegada, o casal era moradores de rua e nas imagens de câmera de segurança foi possível analisar que no dia dos fatos, os dois correm com a criança no colo e acionaram o SAMU em uma rua próxima à residência que ocorreu os espancamentos. "Sendo assim, foi possível constatar que a criança foi espancada dentro da casa e os dois estavam no local. No entanto, apresentaram três versões desconstruídas pela polícia".

Indagada sobre o fato dos jovens terem fugido da Capital, Nelly salientou que eles não queriam se responsabilizar pelo crime. "Só apareceram quando a foto do padrasto começou a ser divulgada. Inclusive, durante todo o momento, ela tentou proteger o 'Kadu', mas as câmeras de seguranças comprovam que os dois estavam juntos no momento das agressões".

Para a conclusão do inquérito, foram ouvidas mais de 10 pessoas, incluindo o pai biológico do pequeno e da filha mais velha da jovem, de apenas 4 anos. A menina está em um abrigo pela decisão do Ministério Público de Mato Grosso do Sul.

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