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Polícia

Homem é preso por vender carne de cavalo para produção de mortadela no Paraguai

O suspeito afirmou que realizava quatro viagens por mês para transportar os cavalos que eram adquiridos por R$ 300

Segunda-feira, 19 Fevereiro de 2024 - 15:33 | Marina Romualdo


Homem é preso por vender carne de cavalo para produção de mortadela no Paraguai
(Foto: Divulgação/PCMS)

Um homem de 48 anos foi preso na manhã de domingo (18) durante uma ação para inibir a comercialização de produtos de origem animal clandestina. A operação ocorreu em continuidade às investigações iniciadas pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO) na fiscalização realizada no dia 4 de fevereiro, quando o condutor de um caminhão boiadeiro foi parado em uma barreira em conjunto com a Polícia Militar, em Ponta Porã.

A fiscalização foi realizada na MS-386, no km 50 no Distrito de São Luiz, no município de Aral Moreira–MS com a equipe da Polícia Civil em conjunto com a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon) e o Iagro passaram a monitorar a rodovia para impedir o abate ilegal dos animais apreendendo 27 equinos, sendo 13 femêas e 14 machos.

Conforme informado pelo suspeito, os  equinos foram carregados no município de Potirendaba (SP), próximo à cidade de Rio Preto (SP), onde os animais foram adquiridos por R$ 300, totalizando R$ 8.10. Durante a entrevista, o homem disse que ele mesmo realizava a compra e a revenda dos cavalos pelo valor de R$ 21.600. Os animais teriam um assentamento como destino.

Além disso, o autor disse que os equinos eram refugos de fazendas, denominados pangarés, e o receptador os encaminhava para consumo humano no país vizinho Paraguai, utilizados como embutidos, mortadela, entre outros produtos de origem animal. Indagado, o mesmo informou que realizava quatro viagens dessa modalidade por mês.

Os médicos veterinários da IAGRO constataram que os animais estavam extremamente debilitados, com lesões de pisadura (machucados) de arreio, nas ancas, algumas em estágio inicial de cicatrização, transportados em gaiola metálica sem o piso emborrachado o que contraria as boas práticas de manejo no transporte recomendadas pelo Ministério da Agricultura, caracterizando indícios de maus-tratos para com os animais.

Diante dos fatos, a ocorrência foi apresentada na 1ª Delegacia de Ponta Porã e a autoridade policial decidiu pela lavratura do auto de prisão em flagrante. A prisão ressalta a importância da repressão a alimentos descaminhados e contrabandeados sem registro no Ministério de Agricultura e Pecuária (MAPA), pois, a produção de alimentos com carne de animais doentes traz sérios riscos à população. Inclusive, esses alimentos não contêm nos rótulos que na composição é empregada carne de equinos. Na fiscalização anterior foram apreendidos 28 animais.

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