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Polícia

Ex-militar acusado de matar companheira encara júri popular nesta quarta-feira

Natalin Nara Garcia de Freitas Maia foi morta com um golpe de mata-leão e encontrada às margens da BR-060

Terça-feira, 26 Março de 2024 - 14:50 | Marina Romualdo


Ex-militar acusado de matar companheira encara júri popular nesta quarta-feira
Tamerson e Natalin ficaram casadas por quatro anos (Foto: Arquivo/DD)

Após pedir recurso, o acusado de matar a companheira, Natalin Nara Garcia de Freitas Maia, que na época tinha 22 anos, vai a júri popular nesta quarta-feia (27) no Fórum de Campo Grande. O ex-militar da Aeronáutica, Tamerson Ribeiro Lima de Souza, foi condenado a 23 anos por feminicídio e ocultação de cadáver em 2022.

Conforme apurado pela reportagem do Diário Digital, o autor pediu recurso e quando o recurso é provido, no caso de júri, é determinado que seja feito um novo julgamento. Sendo assim, Tamerson senta no banco dos réus na quarta-feira (27) pela segunda vez.

No dia 4 de fevereiro de 2022, Natalin foi morta com um golpe de mata-leão. O acusado então deixou o corpo por três dias dentro do porta-malas do carro. Após os dias, jogou o corpo às margens da rodovia BR-060. Na época, Tamerson era militar da Aeronáutica, porém, foi excluído da corporação.

Durante o primeiro julgamento, o ex-militar da Aeronáutica relatou que estava desesperado e “só pensava na filha” – lembrando da filha de Natalin, que tinha ajudo a criar. "Natalin estava ‘nervosa’, era sempre nervosa. Era por volta de uma hora da manhã e a gente estava brigando. Ela começou a me bater e eu peguei ela pelo pescoço segurando".

"Infelizmente, tomei a decisão por desespero, colocando o corpo dentro do carro. Ela me batia sempre, dava soco no rosto, sangrava minha boca e acabou acontecendo”. Tamerson afirmou durante o júri que a morte de Natalin, mesmo que intencionada, foi um acidente. “Acabou acontecendo a morte, mas não era minha intenção. Eu me arrependo”, afirmou.

O homem declarou, ainda, que matou a companheira “sem pensar”. “Na hora do desespero, a gente faz coisas sem pensar”. Após a morte, colocou o corpo da esposa no porta-malas do carro e levou a filha de Natalin à escola. “Não queria ficar sozinho com meus pensamentos, não estava no meu normal”. O réu finalizou o depoimento afirmando que amava muito Natalin. Os dois ficaram juntos por quatro anos. 

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