Corpo de homem enterrado como indigente após erro do Imol é exumado

O corpo de Jhonatan de Souza, de 32 anos, foi exumado e novamente sepultado nesta sexta-feira (28), mas agora com a identificação. O cadáver foi encontrado carbonizado em um veículo em março deste ano na Rua Engenheiro Paulo Frontim, na região do Jardim Los Angeles, em Campo Grande.

Ao Diário Digital, a irmã da vítima, Jayana de Souza, revelou que estava abalada, pois, o irmão foi enterrado como indigente após erro do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol). “Agora com o sepultamento, estamos mais aliviados. É uma forma de amenizar um pouco a dor, por conseguir enterrar ele juntamente com a parte da família da minha mãe. Além disso, a certidão de óbito dele vai constar o nome dele, pois, ele não é indigente e tem, sim, uma família”. 

Durante o relato, ela conta que no dia 16 de março recebeu uma ligação anônima onde informava que seu irmão havia sido morto. Então desde aquele dia, a luta por informação começou. Neste período, Jayana procurou a delegacia, onde registrou boletim de ocorrência. Em abril, levou a mãe para fazer o teste de DNA e 90 dias depois saiu o resultado e infelizmente o corpo era de Jhonatan. 

“No dia que saiu o resultado, meu irmão foi enterrado como indigente. Mais de 90 dias esperando, quando cheguei no cemitério Santo Amaro encontrei o local onde meu irmão estava. Ele tem família e filhos, mas foi sepultado como se não fosse nada. Estamos pedindo a exumação e vamos entrar com um processo", desabafou Jayana. Inclusive, contou ainda que desde o fato a mãe tem passado mal, não come e está depressiva e angustiada, pois, sabe que o filho foi morto de forma brutal e a família não pode dar um enterro digno.

Relembre o caso – No dia 16 de março, um corpo foi encontrado carbonizado dentro de veículo na Rua Engenheiro Paulo Frontim, na região do Jardim Los Angeles, em Campo Grande.

Imagens enviadas ao Diário Digital mostram veículo Gol destruído pelas chamas. A Polícia Civil esteve no local juntamente com a perícia que investiga as causas da morte.

No local não as residenciais, é uma área de mata, o que dificuldade o trabalho para tentar identificar os suspeitos.