Após oito dias, corpo de idoso é encontrado em rio

Após oito dias, o Corpo de Bombeiros localizou o corpo do idoso, Luiz Venitte Reina, de 68 anos, na manhã desta terça-feira, 16 de Agosto, no rio Itaquiraí (MS).

Conforme as informações, o cadáver foi encontrado boiando cerca de 5 km para baixo do ponto de onde foi desovado. A vítima foi morta no dia 09 de Agosto, com dois tiros de arma de fogo dentro da sua própria residência por três adolescentes no Assentamento Santa Rosa.

Dois jovens foram apreendidos por envolvimento e passaram por audiência de custódia no dia 11 de Agosto e foram liberados pela Justiça. Já o outro jovem também, de 16 anos, que efetuou os disparos e foi apreendido em Campo Grande (MS) continua na cidade e será encaminhado para Unidade Educacional de Internação (Unei).

Após matar Luiz, para dificultar a descoberta do crime, os envolvidos decidiram ocultar o cadáver o jogando o corpo em um rio. Até o momento, o corpo da vítima não foi localizado.

A Perícia Técnica e a Funerária estavam no local.

O caso - Na data, a Polícia Civil foi acionada pela filha do idoso. Diante das informações, foi constatado que um adolescente do crime seria o enteado da vítima e estaria armado em sua casa acompanhado de outros rapazes.

Os policiais localizaram dois adolescentes, de 16 e 17 anos. Eles seriam também residentes do assentamento e indagados sobre o crime, confessaram que haviam subtraído da vítima a caminhonete, uma motocicleta, um revólver e que ainda efetuaram disparos de arma de fogo contra a vítima que veio a óbito.

No local, foi recuperado uma motocicleta e alguns dos pertences pessoais de Luiz. Durante a abordagem, a equipe policial foi surpreendida pela resistência do tio de um dos adolescentes que estava em posse de um facão e investiu contra o policial.

Neste momento, os dois entraram em luta corporal, o homem desferiu golpes contra o policial que se defendia e tentava acessar sua arma de fogo. O armamento caiu ao solo e, em razão disso, foram efetuados disparos contra o homem apenas para neutraliza-lo em sua investida contra os policiais. Ele foi encaminhado para unidade de saúde e permanece internado.

Já com a informações do latrocínio, a PC obteve a informação de que após a morte, os adolescente teriam ocultado o cadáver do idoso, jogando o corpo em um rio. Além disso, foi apurada a participação de outros adolescentes envolvidos nos fatos, sendo que um deles teria permanecido em posse da caminhonete modelo Toyota Hilux subtraída da vítima e ido em direção a Capital.

Em Campo Grande, o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO) foi acionado e iniciou as diligências para localizar a adolescente, de 16 anos. Junto com ele, estaria uma criança, de 11 anos – no qual, a mãe tinha registrado boletim de ocorrência de desaparecimento.

Os dois foram encontrados dentro do veículo que estava estacionado em frente a uma residência dos parentes do adolescente. Durante a abordagem, o jovem confessou a participação  na subtração do veículo, além de indicar também a localização de um revólver calibre .38, que foi subtraído de Luiz.

A equipe policial, a menina disse que teria fugido acompanhado do adolescente, com quem mantinha relacionamento amoroso. No local, ainda foram encontrados objetos pessoais, como talões de cheque da vítima, que foram despejados em uma lixeira.

Conforme a polícia, foi apurado que um dos adolescentes, que seria enteado da vítima, teria informações acerca dos pertences e rotinas e junto de outros três adolescentes decidiram praticar a subtração. Eles pegaram emprestada uma arma de fogo calibre 22, com o pretexto de ir caçar, quando na verdade, já tinham acertado que iriam cometer o crime contra o idoso.

O grupo foi até a casa de Luiz, conversaram com ele e de forma inesperada, o adolescente apreendido na Capital, efetuou o disparo que acertou o peito da vítima. Em seguida, já caído ao solo, o mesmo o alvejou com tiro na nuca. Após isso, realizaram a subtração da caminhonete e de uma motocicleta, além de subtraírem objetos pessoais, inclusive, um revólver calibre.38.

Para dificultar a descoberta do fato, os adolescentes decidiram tentar ocultar o corpo da vítima tendo o carregado na caçamba da caminhonete e se dirigido a um rio da região onde desovaram o cadáver.  Até o momento, a vítima não foi localizada.

Com a ocultação do cadáver, o grupo ainda tentou vender a caminhonete em algumas cidades da região, oferecendo o veículo por R$ 50 mil. Após não conseguir a venda, um dos adolescentes teria então, decidido fugir para Campo Grande e convencido uma “namorada”, uma criança, de 11 anos, a acompanhá-lo.

A polícia apreendeu os três adolescentes e a menina foi deixada sob custódia do Conselho Tutelar para que fosse reintegrada a família.