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Polícia

Advogados são denunciados por lavagem de dinheiro no Paraguai

Um dos alvos da ação realizou operações de compra e venda de imóveis vinculados à organização criminosa

Quarta-feira, 17 Julho de 2024 - 14:50 | Marina Romualdo


Advogados são denunciados por lavagem de dinheiro no Paraguai
O advogado Daniel Montenegro, ex-marido da procuradora Katia Uemura, foi detido no âmbito da Operação Pavo Real (Foto: Cortesia Senad)

Os advogados, Adrián Rolando Brizuela Olmedo, Daniel Montenegro Meneses, Alfredo Duarte Montiel, foram denunciados por lavagem de dinheiro e associação criminosa no âmbito da Operação Pavo Real Paraguai. De acordo com a investigação, o tráfico seria liderado por Jarvis Chimenes Pavão.

Os promotores, Omar Segovia, Ingrid Cubilla e Elva Cáceres, apresentaram acusações contra 24 pessoas investigadas. Diante disso, o Ministério Público solicitou a apreensão de mais de 100 imóveis no valor aproximado de 150 milhões de dólares.

Durante a investigação, o MP constatou que o Daniel, realizava operações de compra e venda de imóveis vinculados à organização criminosa liderada por Jarvis em cumprimento a instruções recebidas de seu filho, Luan Chimenes. Na época, o advogado era casado com a promotora, Katya Uemura.

Além disso, essas pessoas teriam ajudado a estabelecer uma “forma complexa de criação de empresas de fachada para compra de móveis e imóveis e movimentação de fundos ilícitos”, segundo afirma a acusação.

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(Foto: Cortesia Senad)

Na qual, a utilização dessas entidades permitiu à organização lavar grandes somas de dinheiro, facilitando assim a aquisição de bens imóveis e a transferência de fundos sem ser detectada no sistema financeiro paraguaio, apontam os investigadores.

Jarvis no Paraguai – Jarvis Chimenes está preso no Brasil desde 28 de dezembro de 2017. Ele instalou-se definitivamente em Pedro Juan Caballero, Departamento de Amambay, desde aproximadamente 1997 e desde então teria se dedicado a atividades ilícitas ligadas ao tráfico de drogas.

Na capital Amambay, fundou uma empresa exportadora de bebidas, chamada Mista. Conforme as informações do Última Hora, a empresa não só funcionou como fachada legal, mas também serviu como plataforma para encobrir o envio de drogas para outros países da região.

A sua presença na cidade e o funcionamento deste negócio facilitaram as suas operações clandestinas e a sua capacidade de fugir à atenção das autoridades nacionais e internacionais.

 

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