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Polícia

Acusados de matar Sophia devem ser interrogados em audiência de instrução e julgamento

Juiz designou o dia 28 de setembro para ouvir a última testemunha e, em seguida, mãe e padrasto devem ser ouvidos

Quarta-feira, 06 Setembro de 2023 - 17:50 | Marina Romualdo


Acusados de matar Sophia devem ser interrogados em audiência de instrução e julgamento
Stephanie de Jesus da Silva e Christian Campocano Leitheim estão presos (Foto: Reprodução/Rede Social)

Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos e, Christian Campocano Leitheim, de 25, que são acusados pela morte da pequena Sophia de Jesus Ocampo, de apenas 2 anos de idade, serão interrogados no dia 28 de Setembro, durante a audiência de instrução e julgamento pela 2° Vara do Tribunal do Júri.

Após expulsar um dos advogados de Christian, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida da 1ª Vara do Tribunal do Júri deixou o processo e alegou que era suspeito por motivo de "foro íntimo" e encaminhou a documentação para a  2° Vara do Tribunal do Júri.

Desta forma, para seguir com o atos processuais que estão pendentes, o juiz Aluízio Pereira dos Santos designou o interrogatório dos réus para o dia 28 de Setembro, no qual, será ouvida uma única testemunha de defesa. Em seguida, Stephanie e Christian também poderão ser ouvidos.

Além disso, o processo que estava em sigilo e segredo de justiça, foi retirado. Sendo assim, o processo será de acesso público já que o processo é de interesse público. Porém, será mantido em sigilo apenas depoimentos de crianças e adolescentes, bem como laudos periciais ou fotos que exponham a vítima dandose acesso apenas às partes.

Relembre o caso – A pequena foi assassinada pela própria mãe, Stephanie de Jesus da Silva e pelo padrasto, Christian Campocano Leitheim, no dia 26 de Janeiro.

O laudo de necrópsia confirmou que a Sophia foi morreu em decorrência de um traumatismo raquimedular, isto é, lesão na coluna vertebral. Foi constatado também que a criança também foi estuprada porém, “não recente”. Além disso, a bebê foi morta entre 9h e 10h, mas só foi levada para unidade de saúde às 17h.

Na tarde do dia 26 de fevereiro, a mãe da pequena a levou já morta à UPA Coronel Antonino na Capital. A criança tinha várias lesões pelo corpo e as partes íntimas pareciam excessivamente dilatadas. A suspeita de estupro foi confirmada.

Ao ser informada sobre o óbito, a mãe não teria esboçado surpresa ou remorso, segundo descreve o registro policial. A Polícia Civil afirma que as investigações apontam que o padrasto teria orientado a genitora a dizer que a criança “caiu do playground [parquinho]”.

Investigadores do Grupo de Operações e Investigações (GOI) foram acionados até a UPA. A princípio, a mãe negou que agredia a menina. Relatou que trabalhava durante o dia e que a filha ficava sob cuidados do padrasto. Então, apontou que o homem batia na menina com tapas e socos, para “corrigi-la” e afirmou, inclusive, que participava das agressões.

Durante as investigações, o que chamou atenção da Polícia Civil é que a menina havia sido atendida mais de 30 vezes na unidade de pronto atendimento. Inclusive, em uma delas, a criança estava com a perna quebrada. Com a apuração, foi constatado que a pequena teve a perna quebrada com um chute do padrasto, Christian.

Com todas as constatações, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) denunciou Stephanie e Christian por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulnerável. Além do homicídio, Stephanie foi denunciada pela omissão de socorro da menina.

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