Seu Aléssio viu Campo Grande se transformar

Licenciado na graduação de História e bacharel na área de Jornalismo, o gaúcho nascido em Nova Palma — distrito de Júlio de Castilhos (RS), Helideberto Rubin Alessio, mas conhecido por Seu Alessio, se mudou para Campo Grande (MS), no ano de 1975. Com 80 anos de idade, vive até hoje na quarta casa que existia em 1981, na Rua Domingos Marques, no Jardim Bela Vista, na Capital.

Quando chegou a Campo Grande, a cidade tinha mais ou menos 90 mil habitantes. "A cidade chegava no viaduto da Rua Ceará (que na época não tinha esse nome) e, que seguia até ao Exército Brasileiro. Contudo, o município desconhecia o hábitos das pessoas que estavam chegando para morar. O costume da Capital, era apenas a criação de gado e a dedicação para a agropecuária".

Alessio relatou que a cidade era pequena e, a vida social na época era o Rádio Clube. Antigamente, tinha bastante pessoas ricas, porém, com os costumes simples, segundo ele.

"Em um momento passado, o Governo passou a incentivar a agricultura e concedeu às pessoas, sete anos para pagamentos de financiamentos na agência bancária. Depois disso, a cidade foi apenas crescendo pois, foi aumentando o número de habitantes. Primeiro vinham os aventureiros, os trabalhadores e, em seguida vinham os que compravam a mão de obra que já tinha sido desenvolvida por outras pessoas", destacou.

A Avenida Eduardo Elias Zahran ficou por muito tempo sendo conhecida por carreador, pois, era um lugar afastado e que na ocasião recebia caminhões que vinham de São Paulo (MS), carregado de gados e subiam a Avenida Coronel Antonino, levando gados. A passagem demorava 60 dias. "Em Julho de 1979, o político Levy Dias, decidiu abrir um contorno na Avenida Zahran em Campo Grande, com ruas asfaltadas, calçadas largas e sem as muretas de concreto, que a via tem atualmente", completa seu Alessio.

Inclusive comentou que quando chegou na Capital, já existia o Estádio Morenão, a Prefeitura era no antigo endereço e com a mudança da mesma, a cidade começou a se desenvolver melhor. "Na época, o Aeroporto Internacional de Campo Grande só tinha 228 aviões e era considerado o maior campo de aviação particular do Brasil. Campo Grande tinha quatro carros por habitantes, era um Estado muito rico", declarou.

Além disso, no Rio Grande do Sul (RS), foi o jornalista que teve a ideia de transmitir um jogo de futebol por telégrafo, na época em que trabalhava na Rádio Guaiba — emissora de rádio brasileira sediada em Porto Alegre (RS).

Helideberto também é um dos 28 fundadores do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis da 14ª Região/MS (CRECI/MS), tem duas filhas (Denise e Rosana) e um neto.

Por fim, expôs que Campo Grande é uma cidade que tem tudo e não se arrepende de ter escolhido a Capital para morar e viver toda sua vida.