Retirada de estacionamento e pare sem sentido? Comerciantes pedem ajustes na revitalização da Três Barras

A revitalização da avenida Três Barras causou transtorno nas vendas de alguns comerciantes locais, principalmente deste quarta-feira, 23 de agosto, quando as equipes da Prefeitura de Campo Grande instalaram as faixas amarelas nas guias da via. O problema é que a mudança retirou o estacionamento de muito e a reordenação viária, o acesso dos clientes.

As obras da região que liga os bairros Rita Vieira, Tiradentes e Vilas Boas iniciaram há mais de um mês, em 15 de julho, para reordenamento viário da rotatória. Desde então, diversos trechos foram interditados e alterações feitas, que vão desde mudança de sentido de vias à instalação de semáforos.

O que preocupa muitos comerciantes é quanto à retirada da faixa amarela na quadra de pequenos comércios, próximos ao Fort Atacadista. Até terça-feira, os clientes da loja de utilidades de Ernane Mazzo podiam estacionar em frente ao estabelecimento. Agora, têm que parar os veículos nas ruas ao entorno.  “A quadra toda está sem estacionamento. O fluxo de clientes diminuiu em 90%”, afirma.

Outro ponto levantado pelo empresário foi quanto à faixa de pedestres. Segundo Mazzo, a faixa mais próxima ainda é distante do estabelecimento. “Eles têm que se arriscar em meio aos carros”, pontua. Quem mais se sente prejudicado com as mudanças é o proprietário de uma madeireira local. Willian Wobeto conta que, desde a alteração de sentido nas ruas Domingos Jorge Velho e Miguel Sutil, o fluxo diminuiu. 

“Minha entrada principal é esse portão pequeno aqui pra entrada de carro, eu não tenho entrada para caminhão. Meus clientes que vêm da avenida Três Barras não conseguem mais virar para entrar o pátio, eles têm que dar uma volta pelo Fort ou pelo Mercado Nunes. Então, para mim já se tornou ruim em dois sentidos”, contou ao Diário Digital.

Os clientes também o procuram e reclamam da falta do estacionamento. Na esquina da madeireira, foi colocado um semáforo. “Fizeram duas faixas de carros, por exemplo, quem vem da Elias Zahran para o bairro tem que diminuir a velocidade para conseguir entrar com risco de acidente quem vem do outro sentido tem que reduzir a velocidade”.

A reivindicação do empresário é, especialmente, quanto a volta dos dois sentidos nas ruas. “Eu quero que ela [rua Miguel Sutil] volte a ter dois sentidos aqui, porque não tem necessidade de ser sentido único. Eu não sei o porquê que fizeram isso, então eu também quero brigar por isso”, afirma.

Bem na esquina na rua Miguel Sutil há uma sinalização de PARE. Na rua Manoel da Nóbrega, que cruza a outra via, também tem. Essa confusão, explica Wobeto, tira o sono de muitos moradores do local.

O que diz a Prefeitura de Campo Grande - A Agência Municipal de Transporte e Trânsito informou ao DD que a pintura das faixas estava prevista no projeto, “sendo extremamente necessária parra o bom funcionamento da readequação viária que atenderá a dezenas de milhares de pessoas que circulam diariamente”.