Primavera marca o início da sétima edição do Festival do Chamamé em Campo Grande

A chegada da primavera traz consigo a sétima edição do Festival do Chamamé, um dos eventos culturais mais significativos que conecta Brasil, Argentina e Paraguai. O festival acontecerá nos teatros Aracy Balabanian e Glauce Rocha, além do Centro de Tradições Gaúchas, em Campo Grande, e prestará homenagens à dupla Jandira e Benites, bem como ao Castelo. O lançamento oficial do “7º Festival Cultural do Chamamé de Mato Grosso do Sul – Integração: Brasil – Paraguai – Argentina” está marcado para esta quinta-feira (5), às 19h, no Teatro Aracy Balabanian.

O evento é promovido pelo Instituto Cultural Chamamé, Polca Paraguaia e Guarânia de Mato Grosso do Sul, com o apoio do Governo do Estado, Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc) e Fundação de Rádio e Televisão Educativa de Mato Grosso do Sul (Fertel).

Presença internacional

A província de Corrientes, na Argentina, já confirmou sua presença, trazendo uma variedade de músicos e grupos, incluindo o Grupo Fuelles Correntinos, Grupo Tajy, Alfredo Monzon, César Frette, Mainumby Arte e Ballet, Grupo Nostalgias Mburucuyanas, e Los Caminantes del Chamamé. Também estão programadas as participações de Ana Laura Testa y Grupo, Pajarito Silvestri e Miguel Arce y La Yunta del Chamamé, provenientes de Santa Fé, Entre Rios e Buenos Aires, respectivamente.

Do Paraguai, destacam-se a Pareja Nacional da Polca Paraguaia, formada por Adrián Nicolás Gaona Chaparro e Jeruti Silva Sánchez, César Apollo y su Arpa, Vero Benítez e Diego Apollo, Mirta Noemi Talavera, Maria Isabel y su bandoneón, a Banda y Ballet Folclórico da Municipalidad de Asunción, o Conjunto Folclórico de Asunción, Francisco Gimenez y su arpa, além das renomadas botelheiras Alba Granados e Milagros Cantero.

Mato Grosso do Sul será representado por Danilo da Gaita, Jakeline Sanfoneira, Fábio Kaida, Grupo Desparramo, Caio Escobar, Grupo Surungo Bueno (Dourados), Chama Campeira (Camapuã), e a artista Bárbara Priscilla Amarilha Albino, que apresentará um trecho do espetáculo “CHE ROHAYHU”. O acordeonista Desidério Souza, de São Luiz Gonzaga, também estará presente, representando o Rio Grande do Sul.

Compromisso com a cultura fronteiriça

Orivaldo Rocha Mengual, presidente do Instituto Cultural Chamamé MS e diretor-geral do festival, destaca que desde sua primeira edição o festival tem se dedicado ao resgate da cultura fronteiriça, especialmente dos gêneros musicais polca, guarânia e chamamé. “O festival se tornou uma referência, sendo o segundo maior evento de chamamé fora da Argentina. Campo Grande é altamente respeitada no cenário do chamamé, e o festival busca preservar nossa cultura e a memória dos que já partiram, valorizando nossas raízes e tradições.”

Campo Grande, capital nacional do Chamamé

Campo Grande foi oficialmente reconhecida como “Capital Nacional do Chamamé” pelo Congresso Nacional através da Lei Federal nº 14.315, aprovada em 28 de março de 2022. Esse reconhecimento é um marco importante para a cultura chamamezeira em Mato Grosso do Sul.

A trajetória do Festival Cultural do Chamamé de Mato Grosso do Sul começou com o programa de rádio “A Hora do Chamamé”, apresentado por Orivaldo Mengual e pelo Instituto Cultural Chamamé/MS, promovendo diálogos e colaborações com a Argentina e o Paraguai. Essas iniciativas culminaram na aprovação de leis importantes, como a nº 3.837, que instituiu o dia 19 de setembro como o “Dia Estadual do Chamamé”; a nº 6.048, que declarou Corrientes e Campo Grande como cidades irmãs; e o Decreto nº 15.708, que registrou o chamamé como bem imaterial de Mato Grosso do Sul, garantindo sua inclusão no Livro de Registro dos Saberes.