Prefeitura assina projeto de habitação para moradores da Comunidade Mandela

Em uma estrutura de lava-jato e com direito a fogos de artifício, na manhã desta terça-feira (3) foi assinada a ordem de serviço para construção de 220 unidades habitacionais, que vão atender os moradores da Comunidade Mandela, localizada na região do bairro Coronel Antonino em Campo Grande. A invasão e construção dos barracos começou em 2016 e, desde então, as 187 famílias sobrevivem a situação precária das moradias. 

A obra está avaliada em R$18 milhões, onde parte vem do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa) e da Prefeitura de Campo Grande, por meio da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (AMHASF). As casas, que serão com dois quartos, um banheiro, sala e cozinha, serão construídas na região do Residencial Oscar Salazar, a pouco mais de 3 km da Comunidade. 

Conforme explica a diretora-presidente da AMHASF, Maria Helena Bughi, por mais que sejam 187 famílias inscritas, são construídas mais casas por conta das coabitações, ou seja, grupos familiares que precisam ser divididos. “O trabalho da assistente social também é importante, para entender a divisão dessas famílias, porque sempre acaba aparecendo mais pessoas que precisam. E, caso sobre unidades, realizamos o sorteio de pessoas cadastradas”, destaca Maria Helena.

De acordo com o diretor de Atendimento, Administração e Finanças da AMHASF, Cláudio Costa Júnior, a previsão é que em dezembro de 2024 as famílias já consigam mudar para as novas casas. “Serão dois anos de obras Exatamente, vinte e quatro meses para conclusão. Se der tudo certo, eles vão passar o Natal do ano que vem já dentro das casas. Vai ser um presente pra eles”, estima Cláudio. 

Para que esses moradores continuem sendo assistidos, a prefeita de Campo Grande Adriane Lopes garantiu que o trabalho social continuará. “Hoje nós estamos iniciando a construção da moradia digna para mais de duzentos famílias aqui da comunidade. Vocês podem ter a certeza que a Prefeitura Municipal de Campo Grande terá responsabilidade para que essas casas sejam entregues e que vocês tenham um teto e dignidade para seus filhos crescerem e avançarem. Nós vamos estar aqui, não só trazendo a moradia, mas trazendo oportunidade de emprego, trazendo as outras secretarias, como a da Assistência Social, da Secretaria de Saúde, com todos em ação que estão percorrendo as sete regiões da nossa capital”, reforçou Adriane.

Quem [sobre]viveu a situação precária de uma invasão irregular, vê a assinatura desta ordem de serviço como um sonho realizado. “Tá sendo um sonho concretizado para os moradores. Desde 2016 nós aguardamos por uma casa, enfrentamos riscos de incêndio, choque e enxurrada entrando, tendo que subir nas camas para se proteger da água. Será algo nosso, que poderemos pagar e deixar para os filhos”, pontuou Greicielle Naiara, que representa a Comunidade do Mandela há 4 anos. 

Mãe de quatro crianças, Adriely da Silva, 30 anos, está aliviada por finalmente ter algo concreto para os filhos. “Eu luto diariamente para deixar alguma coisa para os meus filhos, uma herança, algo para que eles não passem as dificuldades que eu passo. Essa casa será o começo desse sonho”.