• Diretor de Redação Ulysses Serra Netto

Geral

População trans e travesti celebra conquista com a entrega de certidões de nascimento retificadas

A ação faz parte da campanha TRANSformando História organizada pela Defensoria

Quarta-feira, 12 Junho de 2024 - 11:30 | Ian Netto


População trans e travesti celebra conquista com a entrega de certidões de nascimento retificadas
Certidão de nascimento retificada (Imagem: Luciano Muta)

A Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul realizou nesta quarta-feira uma cerimônia de entrega de certidão de nascimento com os nomes retificados para pessoas transexuais e travestis.

População trans e travesti celebra novas certidões
Mesa composta por autoridades que organizaram a ação (Imagem: Luciano Muta) 

A ação é resultado da campanha TRANSformando Histórias, promovida pela instituição. Ao todo foram realizados 50 atendimentos a população trans e travestis, que buscou a Defensoria para a regularização dos documentos.

Para Niah Magalhães de 22 anos, a alteração é sinônima de recomeço. "É um recomeço. É uma carta pra um novo ciclo que vai se iniciar"

População trans e travesti celebra novas certidões
Niah Magalhães é uma das contempladas com a ação (Imagem: Luciano Muta) 

Ela que está no seu processo de transição há três anos, está a dois anos tentando regularizar sua documentação e afirma que prefere ficar em casa para não passar pelo constrangimento de ser chamada por quem nunca foi.

" Para mim, mesmo no posto de saúde, eu preferia ficar em casa sentindo dor, às vezes a doente gripada, do que ir no posto por conta do documento" afirma Niah

A mudança da sua documentação é o ponto final para sua reafirmação como mulher socialmente.

"Para as pessoas que me verem, reconhecerem, entenderem agora. Vai ser uma reafirmação da minha identidade. Isso é o mais importante" afirma Niah.

Atualmente no país existem cerca de três milhões de pessoas que se identificam como pessoas transgêneros ou não binárias, que buscam pelos seus direitos sociais de serem que sempre foram diante da sociedade que os reprime. O Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking dos países que mais matam pessoas trans no mundo.

Ações como essas que facilitam a vida da população transexual e travesti é sinônimo de liberdade para a população que se sentem marginalizadas e abandonadas pelo poder público.

 

SIGA-NOS NO Google News

Tudo Sobre:

  brasil  r-3-milhoes  transexuais  certidao