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Pesquisa realizada na UFMS aponta melhoria na qualidade do ar da capital

A análise dos dados conclui que a qualidade do ar em CG é classificada como “boa”, embora alguns períodos de condições “ruins”possam ocorrer

Domingo, 10 Março de 2024 - 14:00 | Laura Cação


Pesquisa realizada na UFMS aponta melhoria na qualidade do ar da capital
Estação de pesquisa da UFMS (Foto: Arquivo da Agência de Comunicação Social e Científica)

Pesquisa realizada entre uma parceria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com o projeto Monitoramento da Qualidade do Ar na Cidade de Campo Grande, com a Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar (EMQar), na Cidade Universitária, indicam que houve uma melhora na qualidade do ar em Campo Grande, conforme o relatório divulgado recentemente, com dados referentes ao período entre maio de 2021 e dezembro de 2023.

A melhoria do ar na capital foi avaliada por uma comparação aos padrões estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com base nos valores médios de concentração de poluentes que foram medidos durante o período de monitoramento, indicando que os níveis de poluentes atmosféricos, estiveram dentro dos limites estabelecidos pela Resolução CONAMA durante o período analisado em Campo Grande. Isso sugere que a qualidade do ar na região esteve conforme os padrões de qualidade, o que é importante para a saúde pública e para o meio ambiente.

“Para conhecer a poluição em um dado lugar, é importante monitorar como se dá esse monitoramento através de uma Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar, onde conseguimos medir a concentração de determinados poluentes já definidos pela legislação. Depois, ao obter essa concentração nos períodos determinados pela legislação, comparamos com o que a legislação diz que está dentro ou fora do limite. Também é possível encontrar o índice de qualidade do ar, onde, através dessa concentração e de um cálculo feito, conseguimos determinar esse índice. Esse índice de qualidade é uma forma mais fácil de informar a população se a qualidade do ar está boa, moderada, ruim, muito ruim ou péssima. Portanto, monitorar a qualidade do ar é uma forma muito boa de conhecer como está o ar na região e também subsidiar o poder público na tomada de decisões, além de conhecer outras relações que a poluição possa ter com a saúde e com o meio ambiente”, ressalta o professor do Instituto de Física e coordenador do projeto QualiAr, Widinei Alves Fernandes.

O coordenador ainda pontua sobre dados relacionados ao impacto do fluxo de veículos na qualidade do ar. “Os dados que obtivemos mostram claramente que o fluxo veicular impacta de forma significativa. Temos dois picos diários, ou seja, logo no início da manhã e no final da tarde, em função desse fluxo veicular. Além disso, nota-se claramente que nos finais de semana a qualidade do ar melhora bastante. Portanto, os dias mais limpos são sábado e domingo”, analisa. 

Estação de monitoramento opera com analisadores de material particulado (MP10 e MP2,5). Esses analisadores permitem a medição contínua das concentrações dos poluentes atmosféricos, fornecendo dados valiosos para a compreensão da qualidade do ar na região.

A localização  dessa estação é estratégica, oferecendo uma visão precisa da qualidade do ar. No entanto, a formação de grandes massas de gases e partículas nocivas à saúde, causada pelo clima seco no inverno, baixas temperaturas e pouca ventilação, apresenta desafios significativos. Além das emissões de queimadas na região terem contribuído para concentrações de poluentes, que muitas vezes excedem os padrões ambientais.

A análise dos dados coletados conclui que a qualidade do ar em Campo Grande é geralmente classificada como “boa”, embora alguns períodos de condições “moderadas”, “ruins” e “muito ruins” possam ocorrer, especialmente durante os meses de agosto e setembro, devido a fatores como queimadas e condições meteorológicas. 

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