Idosa resgatada no Moreninhas era monitorada desde 2020 pela SAS

A Secretaria de Assistência Social (SAS) informa que a idosa, de 70 anos, encontrada abandonada em residência da rua Aroazes, no bairro Moreninha II, na manhã de terça-feira, 21 de março, era monitorada desde 2020 por assistentes sociais. A vítima mora sozinha no local e estava há dias sem água e luz. Em 2022, tentaram contato com familiares da vítima.

Conforme nota enviada ao Diário Digital, a Secretaria explica que o primeiro atendimento da idosa foi há dois anos e cinco meses. “A SAS informa que a idosa em questão recebeu o primeiro atendimento em outubro de 2020, sempre sendo acompanhada pelas equipes do Crea[Centro de Referência Especializado de Assistência Social] Sul”, diz trecho da nota.

Nesta terça-feira, a idosa foi resgatada após vizinhos escutarem gritos de socorro. Policiais militares foram o local e conseguiram contato com a vítima “depois de muito diálogo”. Na ocasião, afirmou que mora sozinha no local e não possui família, apenas uma parente com a qual ela não tem contato. Também contou que estava há dias sem água e luz e possuía fome. 

A SAS informa, ainda, que tentaram contato com familiares da vítima em fevereiro de 2022, porém, ninguém se manifestou para acolhe-lá. Diante da situação, a Secretaria solicitou intervenção da Promotoria de Justiça, que realizou novo estudo em maio do mesmo ano. Os resultados apontaram que ela encontrava-se lúcida e com suporte de familiares, sendo assim, recusou acolhimento em unidade institucional. 

Ainda neste ano, a equipe do Creas Sul voltou à residência da idosa, “porém os técnicos não foram atendidos por nenhuma pessoa da família e nem pela idosa”, aponta trecho da nota. Foi feito contato com familiar dela, que afirmou não possuir contato com a vítima. O caso foi, novamente, encaminhado à Promotoria de Justiça.

Gritando por socorro - A vítima mora sozinha no local e estava há dias sem água e luz. Conforme as informações, a Polícia Militar foi acionada por vizinhos, por volta das 08h50. No local, os policiais encontraram a casa fechada e não conseguiram contato com os moradores. Uma vizinha relatou que escutou a idosa gritar por socorro. 

A mulher possuía a chave da casa, pois possuía costume de fazer faxinas no local, e abriu o portão para que os policiais tivessem acesso à vítima. Já no interior do terreno, realizaram contato com a idosa pela janela para tentar convencê-la a abrir a porta da residência. O boletim de ocorrência descreve que a vítima atendeu aos pedidos “depois de muito diálogo”.

A idosa afirmou que mora sozinha no local e não possui família, apenas uma parente com a qual ela não tem contato. Também contou que estava há dias sem água e luz e possuía fome. Os policiais levaram a vítima até a 4ª Delegacia de Polícia para receber os atendimentos necessários. 

Confira nota na íntegra 

A SAS informa que a idosa em questão recebeu o primeiro atendimento em outubro de 2020, sempre sendo acompanhada pelas equipes do CREAS SUL. Entre janeiro e fevereiro foi realizado um estudo social, sendo verificada a necessidade de algum familiar acompanhar e assumir o tratamento referente à saúde mental da idosa. Como não houve qualquer manifestação familiar nesse sentido, foi solicitado intervenção da Promotoria de Justiça. Um novo estudo social foi feito em maio de 2022, mas foi concluído porque na ocasião a idosa se mostrava lúcida e contava com suporte de familiares, por isso ela própria recusou o acolhimento em unidade institucional da SAS.

Em nova tentativa de atendimento no início de fevereiro deste ano, a equipe do CREAS foi até a residência da idosa, porém os técnicos não foram atendidos por nenhuma pessoa da família e nem pela idosa. A equipe então foi até a casa de um familiar, porém a pessoa disse não ter contato com a idosa. Dessa forma, foi sugerido que a Promotoria de Justiça tomasse as medidas cabíveis, uma vez que a idosa se encontrava reclusa.

Ressaltamos que as denúncias sobre maus tratos a pessoa idosa ou crianças podem ser feitas pelo Disk 100.