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Gabriella Schell, a Fênix, ativa mais força em livro biográfico
Jovem que deu a volta por cima após ter 60% do corpo queimado transmite seu aprendizado
Quarta-feira, 04 Janeiro de 2023 - 13:34 | Pedro Santos
Gabriella Schell é o que se pode chamar de Fênix. Assim como a história do ser mitológico da Grécia Antiga, Gabriella renasceu das próprias cinzas, depois de ter 60% do seu corpo queimado em 2013, numa tentativa do seu ex-namorado de verificar a qualidade da gasolina da motocicleta.
Hoje, a jovem de 28 anos, nascida em Amambai, explicou um pouco ao Diário Digital sobre o seu acidente e das transformações que ocorrido causou em sua vida.
Além disso, a professora de educação física, diante da sua história e recuperação inspiradora, fez parte da Liga do Bem representando a Fênix, visitando a ala dos queimados da Santa Casa e, atualmente, divulga seu livro “Ative a força que está dentro de você”, o qual relata sua trajetória e os aprendizados de suas cicatrizes, com muita fé e alto astral.
Acidente - Em outubro de 2013, aos 18 anos, Gabriella estava em casa com namorando, limpando a moto do casal. Segundo o relato da jovem, seu namorado ,após terminar a limpeza, tentou ligar a motocicleta, mas sem muito sucesso. Seu companheiro teve a ideia de retirar um pouco da gasolina do tanque e verificar se a água havia se misturado com o líquido e assim dificultando o arranque.
“Ele queria passar do tanque pro balde e do balde pro chão. Ele ia bater o isqueiro na gasolina e se pegasse fogo, quer dizer que água não tinha se misturado. Na hora eu não pensei que ia dar problema. Na nossa cabeça, o fogo só ia ficar na gasolina”. Infelizmente, as chamas se espalharam por toda a varanda da casa, atingindo ambos os companheiros.
O namorado conseguiu conter o fogo rolando no chão. Já Gabriella, não fez o mesmo. “Uma pessoa me falou que eu quis me apagar como quem abana pra acender uma churrasqueira. Eu aumentei o fogo no meu corpo, me batendo nas pernas”. Antes das chamas se dirigirem ao seu rosto, a sogra lhe socorreu, abafando-a com um pano.
Dores e recuperação - O processo de recuperação de Gabriella sem dúvida foi doloroso. A professora conta que, muitas das vezes, as dores eram absurdas ao ponto de gritar pedindo morfina, mesmo que o remédio não apaziguasse totalmente a reação. Para Gabriella, nada se comparava a hora de tomar banho.
“Na época, era um dia sim e um dia não de tomar. Era a pior parte. Quando eu sabia que estava chegando minha vez, chorava só de lembrar da dor. No começo, tive que tomar banho sedada. Eles tinham que arrancar aquela pele morta. Parecia que estavam passando uma lixa em mim, mas era uma esponja super macia”, esclareceu a jovem
Apesar das dificuldades, a escritora nunca perdeu a alegria, nem o amor pela vida e acredita que o ocorrido veio com um propósito de Deus, o qual ela já sabe qual é. “Eu estava muito calma, não era normal. Essa minha calmaria era de Deus. O propósito era contar sobre minha história e ajudar as pessoas”, destacou.
“Ative a força que está dentro de você”
O livro de Gabriella não relata apenas a história do acidente, senão também o que aprendeu com ele, através dos “21 códigos” e isso é o que o torna mais surpreendente, segundo Gabriela. “As pessoas acham que o livro é sobre minha história. Aí elas lêem e se deparam com esses aprendizados que eu tive. Ler com carinho faz a diferença”, comentou
Entre os “tais” código, o primeiro, de acordo com a professora, é “o Poder da Gratidão”. Ela diz que isso vem da sua facilidade de aceitar o acidente. “No hospital, eu estava tranquila. Não tive esse problema de me olhar no espelho e pensar ‘ferrou’. Quando minha sogra apagou meu fogo, o meu coração agradeceu por continuar viva. É importante estar grato pelas coisas boas e ruins”, ressaltou.
A fé também foi um motor para a escritora se recuperar e entender o que estava por trás do acidente. “É uma necessidade pública. Acreditar nesse poder além da gente. Ele tá com a gente, só precisamos ativar essa força que ele nos deu. Se tivermos o coração aberto, a gente não se rende”, explicou.
Sobre a ligação de Gabriella com a história de Fênix, a assimilação começou com um comentário da fisioterapeuta que cuidava da professora no hospital. “Ela me disse que era uma fênix porque, toda vez que ia pra CTI, eles achavam que não ia sobreviver e, de repente, eu voltava mais forte”, expressou.
Para 2023, a professora de educação disse que a única coisa que deseja é “espalhar minha mensagem o máximo que eu puder”. Contudo, ela contou com exclusividade ao Diário Digital acerca documentário que será lançado em breve no Youtube. O curta-metragem será de 15 minutos e nele, cada profissional da saúde que cuidou de Gabriela, explica a sua versão do tratamento da jovem e a experiência de vê-la em tal situação. Para saber mais de Gabriela Schell, o instagram dela é @gabrielaschell.
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