Exposição no Pátio Central Shopping comemora o aniversário de Campo Grande

O fotógrafo Eduardo Medeiros, de 49 anos, deu vida aos pontos turísticos de Campo Grande em sua exposição de comemoração dos 123 anos da Capital. As fotos estão na entrada principal do Pátio Central Shopping, das 8h às 20h, de 24 a 31 de Agosto.

“Cada monumento tem um papel importante para mostrar nossa história, nossa diversidade cultural e religiosa. Dentro dessa história, cria-se valores, dentro da gente, é educativo, é para preservar", afirma Eduardo, muito feliz com a exposição.

A ideia surgiu do Pátio Central, que desafiou o fotógrafo a retratar os 16 monumentos em apenas um dia. Ele aceitou e realizou a exposição em oito horas, retratando toda a beleza e a força de Campo Grande.

“Minha vida é vencer desafios. Isso tudo é um presente para a cidade, minha raiz, onde estão minha família e amigos”, diz sempre com um sorriso no rosto.

História - Sua vida na fotografia começou quando ganhou sua primeira máquina de um amigo. Como amador, registrava paisagens e amigos nas festas que frequentava. 

Durante a faculdade de jornalismo, que cursou em Presidente Prudente (SP), destacou-se na área e realizou sua primeira exposição já no segundo ano da universidade, em um shopping do município paulista.

Trabalhou como fotógrafo de novelas brasileiras mas foi na floresta Amazônica que se encontrou. Com seu trabalho “Fé e Medicina”, retratou as comunidades ribeirinhas e indígenas da floresta e sua interação com a natureza, principalmente nas mais de 40 linhas espirituais que usam o Ayahuasca, conhecida como “santo-daime”.

“Poucos fotógrafos conseguem fotografar as mirações da bebida santo-daime enquanto estão ativas”, conta. “Também fiz um importante trabalho com a Polícia Federal, em um estudo sobre o uso do Ayahuasca por gestantes na Amazônia”, diz.

Filho do MS - Nascido em Campo Grande, ele retornou por causa da pandemia, em 2020, e aproveitou para ficar mais próximo à família. Agora, junto com as filhas, Maria Vitória Medeiros, de 14 anos, e Roberta Medeitos, de 16, trabalha e também as ensina a profissão de fotógrafo.

“A satisfação maior é isso. Receber as filhas na exposição do pai”, afirma emocionado. “Amo Campo Grande, amo a sociedade e é muito satisfatório participar dessa campanha educativa nesse dia, aniversário da cidade”.

Ele também ama fotografar o Pantanal, suas raízes e diversidade. Trabalhou na produção de livros na área, inclusive materiais para o Governo Federal.

Próximos projetos - Agora, Eduardo Medeiros quer trabalhar com turismo e educação no Estado. Ele deseja que suas fotos cheguem às escolas, para as crianças, por meio de "materiais que contem nossa história”.

Aprendizado - Sua filha mais nova, Maria Vitória, de 14 anos, ajuda o pai nas produções. Ela é modelo e agora também aprende sobre o universo da fotografia.

“Eu acompanhei ele em algumas dessas fotos e foi legal ver como ele conseguiu salvar os monumentos, porque alguns estavam com partes destruídas”, afirma a aprendiz sobre a exposição dos monumentos de Campo Grande.

Uma das fotos favoritas de Eduardo foi a da estátua do poeta Manoel de Barros, que é alvo constante de vandalismo.

“Na minha foto ele não sai triste, está sorrindo para mim. A gente não vê o sofrimento. Eu sou assim, gosto de trazer a alegria, a diversão”, afirma o fotógrafo.