Estudantes brilham em competição de ciência ao criarem Propulsor Iônico

Gustavo Koga, Samuel Catelan e Gabriel Santana têm apenas 17 anos e estão ganhando destaque no mundo da ciência. Eles desenvolveram um ‘Propulsor Iônico’  inovador para veículos aéreos espaciais e se tornaram finalistas na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) competindo com projetos do País inteiro. 

Gustavo estuda na Rede Adventista de Educação em Mato Grosso do Sul, na Unidade Jardim Leblon e Samuel e Gabriel estudam em outra escola em Campo Grande. Para eles,  o apoio da escola e da família foi fundamental nesta caminhada. Sob a orientação da professora Camila Monteiro Batista, os jovens cientistas foram escolhidos entre mais de 500 projetos inscritos, garantindo um lugar na final que será em Março, em São Paulo.

Gustavo Koga explica que o projeto é um "foguete elétrico" e seu custo é menor.  Os último detalhes ainda serão finalizados antes da competição em SP e posteriormente em Los Angeles, no mês de Maio.

Orgulhosa dos alunos, Camila Batista afirma que eles servem de exemplos aos estudantes da escola. "Eu confesso que eu aprendo muito com os alunos, é incrível como eles aplicam tempo e dedicação neste projeto, e como isso traz um impacto para a ciência e para os outros colegas da escola".

Segundo Camila, a parte técnica é fundamental para a sucesso do projeto. Por isso, a parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) foi muito relevante ao proporcionar um laboratório de ciência técnico.  Com a ajuda dessa parceria, os estudantes superaram desafios no decorrer da confecção do projeto. 

Preparo do projeto- A história do propulsor Iônico começou no ano passado. Como gostam  de mecânica, física e programação não foi difícil para eles, mas sim um grande prazer. Os desafios começaram quando se deram conta da falta de conhecimento na parte técnica em 3D e modelagem, mas nada que desestimulasse.

Confiantes de que poderia dar certo e com muitas horas de trabalho, eles usaram produtos reciclados que tinham naquele momento e ao final a criação surpreendeu seus criadores.

Os estudantes fizeram muitas pesquisas na internet e encontraram apenas materiais com pouco aprofundamento. Foi encontrado apenas um modelo que serviu de base, feito nos Estados Unidos, cujo criador disponibilizou informações para ajudar os alunos. 

“E decidimos criar o nosso. No começo não sabíamos muitas coisas; e logo em seguida eles aplicaram como modelos aeros espaciais e o resultado tem sido positivo e entusiasmante para nós”, afirma Gabriel.

“Nossa inspiração veio por meio de filmes, séries e isso nos gera muitas perguntas, dúvidas e nos impulsiona a criar e a desafiar o nosso limite, com a ciência e física. Nós queremos o melhor para a vida das pessoas e criar de alguma forma um mundo menos poluído”,  destacou.

Roberto Shiaveto, professor da UFMS, acrescentou no projeto na parte da abordagem interdisciplinar com a aplicação técnica e teórica, além de trabalhar na  parte complexa do projeto que envolve a arquitetura e a montagem. 

Escola- Nádia Silveira, diretora da escola, explica que a unidade sempre realiza Feiras de Ciências e estimula os alunos a participarem, interagirem com vários temas e a desenvolverem a criatividade.  

Além do trio criador do projeto, uma quarta aluna vai viajar para a São Paulo. Maria Fernanda, do 2º ano,  foi vencedora em concurso interno e será a acompanhante dos estudantes no mês de Março.  “E nós ajudamos com recursos financeiros na viagem quando é preciso. Além disso, vai um professor responsável com os alunos.”

“Ter estudantes nos representando em outros estados e até mesmo em outro país e maravilhoso. Queremos garantir que a educação na vida deles seja o ponto chave para melhorar nossa sociedade”, finalizou Nádia.