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Culto ecumênico reúne lideranças religiosas do País a favor da causa indígena
Caravana segue também para Dourados onde realizará ações nesta quinta-feira
Quarta-feira, 20 Julho de 2022 - 18:20 | Isabela Duarte
Caravana Ecumênica reuniu, na tarde desta quarta-feira, 20 de Julho, representantes de diversas religiões brasileiras para expressar o apoio aos povos indígenas e manifestarem-se contra a violência que os povos Guarani e Kaiowá estão sofrendo no Estado.
Na sexta-feira (22), em Dourados (MS), ação pública será na praça Antônio João, às 10h, denunciando os ataques dos fazendeiros às comunidades. A Caravana Ecumênica é promovida pelo Fórum Ecumênico ACT Brasil (FEACT) e também entregará alimentos para as famílias das áreas de conflitos na região sul de MS (Amambai/Dourados).
A pastora Sônia Mota, da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil, afirma que o objetivo da Caravana é promover solidariedade aos povos indígenas que vêm sofrendo agressões e o diferencial é “trazer a voz cristã para dizer que nos indignamos com a violência".
Pastor Inácio Lemke, presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, espera que a população brasileira esteja de ouvidos abertos e sejam solidários com esses povos que sofrem.
“O objetivo é tentar achar formas de diálogo. Aprender a dialogar de forma amorosa e com fraternidade. O desafio é grande mas é o que queremos”, afirma o pastor.
O deputado estadual Pedro Kemp (PT) esteve presente na ação e afirma que o governo atual não prioriza a causa indígena, suspendendo as ações de demarcação e incentivando a violência causada pela tentativa de reocupação das terras por estes povos que estão cansados de esperar o poder público.
“É um ato de solidariedade para com os povos indígenas que há muito tempo vêm passando por dificuldades, tendo suas lideranças ameaçadas e poucas terras demarcadas”, afirma o deputado.
O pai de Santo Anderson do Terreiro Cacique Pirauê declara que o apoio é realizado por meio do culto inter-religioso para mostrar que “somos todos humanos, é isso que vale”.
Apoio - A Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS) se manifestou a favor do movimento e declarou que não irá aceitar o comportamento de violência contra os cidadãos, como foi observado no ataque em Amambaí (MS).
“A FETEMS é um espaço de luta dos movimentos sindicais e da luta dos povos indígenas, dos trabalhadores”, declarou a vice-presidente do órgão, Deumeires Morais. O FEACT já realizou outras missões ecumênicas em solidariedade aos povos Guarani e Kaiowá do Mato Grosso do Sul em 2015 e 2016.
Caravana - O FEACT é uma rede de igrejas, organizações ecumênicas e agências de cooperação que se reúnem em torno de questões comuns relacionadas à incidência, ao desenvolvimento e à ajuda humanitária no Brasil.
Representantes religiosos que estão presentes em Mato Grosso do Sul são Mônica Alkmin, do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e Articulação Nacional de Monitoramento dos Direitos Humanos (AMNDH - DF); Pastor Inácio Lemke, presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC - SC); Pastor Wertson Brasil de Souza, presidente da Aliança de Igrejas Presbiterianas e Reformadas da América Latina (AIPRAL - MG).
Além de Bispa Marinez Bassoto, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB - PA); Pastor Cristov Kayser, do Conselho de Missão entre Povos Indígenas (COMIN - SC); Pastora Sônia Mota, da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (IPU) e diretora executiva da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE - BH); Missionária Adriana Carla, da Aliança de Batistas do Brasil (ABB - DF); Pastor José Roberto Cavalcante, da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (IPU - RJ).
Igrejas que integram o FEACT são Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR), Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (IPU). Outras organizações membro do Fórum são ASTE, CEBI, CECA, CEDITER, CESE, CESEEP, CONIC, FLD, PAD, PROFEC, REJU, UNIPOP, Visão Mundial (Brasil).
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