• Diretor de Redação Ulysses Serra Netto

Geral

Cine Clube Francês exibe filme franco-belga na UFMS da Capital

Exibição é gratuita e aberta a participação da comunidade universitária e comunidade externa

Segunda-feira, 31 Março de 2025 - 11:35 | Redação


Cine Clube Francês exibe filme franco-belga na UFMS da Capital
(Foto: Divulgação)

No próximo dia 3 de Abril, o Cine Clube Francês traz para a Cidade Universitária a exibição do longa Petit Pays. O filme é uma coprodução franco-belga e narra a história de Gabriel, um menino franco-ruandês que cresce em Burundi nos anos 1990, durante um período de tensões políticas e conflitos étnicos que levaram ao genocídio de Ruanda. O evento é fruto de uma parceria entre a Agência de Internacionalização (Aginter) e o Programa de Extensão de Ensino de Línguas (Progeli).

Organizada pelo professor assistente Loïc de Morvan, a exibição será no auditório Arquiteto Jurandir Nogueira, às 18h30. “Escolhi o filme Petit Pays porque aborda temas universais como infância, memória e deslocamento, que dialogam diretamente com os interesses acadêmicos e culturais dos estudantes. Além disso, a obra oferece uma perspectiva importante sobre a história contemporânea da África francófona, contribuindo para ampliar o olhar dos participantes sobre questões globais. A escolha também se deve à sensibilidade da narrativa, que convida à reflexão sobre identidade e bilinguismo, temas presentes na vida de muitos alunos. Também, por ser baseado no romance autobiográfico de Gaël Faye, o filme traz autenticidade e emoção, enriquecendo o debate pós-sessão.”, ressalta o professor Loïc.

Segundo ele, a exibição é gratuita e aberta a participação da comunidade universitária e comunidade externa. “Como o filme será legendado em português, não é necessário conhecimento prévio da língua francesa para apreciar a história. Após a exibição, haverá uma conversa em português e em francês para compartilhar impressões e debater os temas abordados no filme”, diz. Ele ressalta também que a Associação dos Professores de Francês do Mato Grosso do Sul estará presente para enriquecer a conversa depois do filme.

“A iniciativa do Programa de Assistente de Francês ocorre no contexto da Semana da Francofonia, que é uma oportunidade de celebrar a diversidade da língua francesa e das culturas francófonas pelo mundo. A expectativa é que o evento possa fomentar as trocas culturais na língua francesa e contará, também com o apoio da Associação dos Professores de Francês do Mato Grosso do Sul”, completa o diretor da Aginter Gustavo Torrecilha Câncio.

Aprendizagem - O professor Loïc destaca, ainda, que assistir a filmes ou outros produtos pode auxiliar no aprendizado da língua. “Com certeza assistir a filmes em francês pode ajudar muito no aprendizado da língua. Primeiro, porque ouvir o idioma em situações reais ajuda a gente a entender melhor o ritmo, a entonação e as expressões do dia a dia. Também é uma ótima forma de ampliar o vocabulário e aprender palavras e frases que não aparecem tanto nos livros. Além disso, o contexto visual facilita o entendimento, mesmo quando algumas palavras não são conhecidas”, fala.

Para o coordenador do Progeli Elson Furlanetto, é preciso pensar o aprendizado além da linguagem escrita e verbal. “Nosso conhecimento, nossa vivência, a nossa experiência, ela é constituída por diversos modos de construir os sentidos. As imagens, a maneira de organizar o som, a música, isso tudo são formas de construção de sentido complementares, que fazem parte da nossa cultura, da nossa maneira de se comunicar, hoje em dia. Seria muito incompleto se ficássemos apenas no contexto da escrita, da leitura. O uso de filmes e outras mídias dentro da questão do aprendizado de língua estrangeira é um tema que vem sendo discutido há bastante tempo e que eu tento trazer, por exemplo, nas minhas disciplinas no curso de Letras, para que as pessoas tenham a ideia de como se apropriar dessas ferramentas, como utilizá-las de forma adequada dentro do processo de ensino de línguas”, explica Elton.

“Temos mil formas e estratégias muito interessantes de nos apropriarmos das imagens, dos conteúdos. Tratando os assuntos que são trazidos, muito contemporâneos, e a partir disso desenvolver pensamentos, reflexões, comparar as nossas vivências e experiências com essas experiências e vivências outras, de outros lugares geográficos, de outras culturas, partilhando um pouco essa perspectiva de diálogo, de ponte e de aproximação. E os filmes, então, são sensacionais para esse processo”, ressalta o coordenador do Progeli.

Ele completa destacando também a convivência coletiva proporcionada pelas projeções. “Quando o filme acaba, não levantamos e vamor embora. É exatamente nesse momento que fazermos uma reflexão junto e de alguma forma pode expressarmos nossas impressões iniciais, organizar isso em um discurso que faça sentido pra você e outras pessoas, ajudando também a desenvolver senso crítico, e eu acho que isso é fundamental. Dentro desses encontros, ficamos ali no final e praticamos um pouco a língua, no momento que você vai se inserir, você vai ser o ator e protagonista daquele processo, e aí eu acho que isso é bem legal”, explica Elton.

“Eu acho que isso influencia bastante no desempenho dos alunos, porque eles começam a perceber que conseguem entender e isso dá mais confiança. Outro ponto importante é o contato com a cultura: entender costumes, formas de pensar e situações típicas. Isso tudo motiva mais o estudo, porque o francês deixa de ser só uma disciplina e passa a ser algo vivo e interessante. E quando eles participam das conversas depois do filme, é uma chance incrível de praticar a fala e trocar ideias de um jeito mais leve”, explica Loïc. “Não perca esta oportunidade única de mergulhar em uma história impactante e de participar de um momento especial de troca cultural e reflexão! Te esperamos lá!”, convida Loïc.

Parceria - A Aginter e o Progeli têm atuado em conjunto em suas ações, conectando os programas de línguas com os objetivos da internacionalização da UFMS. Essas primeiras ações representadas pela parceria no Programa de Estudantes-Convênio (PEC) na modalidade Português como Língua Estrangeira (PEC-PLE), na divulgação dos cursos de línguas e nessa iniciativa do Programa de Assistente em Francês demonstram a comunhão de esforços que têm nos unido”, destaca o diretor da Aginter.

Desde o ano passado o Progeli retomou o diálogo com a Aginter para ouvir as propostas da Agência e refletir sobre ações conjuntas. “Com a Aginter, queremos criar laços, parcerias que visem a disponibilidade linguística. De fato, para que a gente tenha uma melhor comunicação, ela vai estar mediada por esse processo de conhecimento de outras línguas, principalmente as línguas francas ou as línguas específicas das pessoas que vão fazer parte desse nosso diálogo. Então, é fundamental que o Progeli esteja alinhado com as questões da Aginter e que ela também se aproprie desse espaço do Progeli e das possibilidades que o programa dá para que a gente diminua esse distanciamento entre as pessoas e os países”, faça Elton.

“E esse distanciamento vai ser diminuído principalmente por uma linguagem em comum, por uma possibilidade de conversar e dialogar por intermédio de uma língua específica e de fato, para a gente conhecer essa língua, o projeto é fundamental com as suas aulas e sua prática e o que a gente oferece. Ainda sobre essa pergunta, nós temos sim, dentro da nossa perspectiva, a a ideia de seguir com essa parceria bem firme. O projeto também está associado ao Laboratório de Letramento Acadêmico e Criativo, sempre divulgando as diferentes possibilidades de mobilidade, as diferentes bolsas de estudo que são oferecidas pelos diferentes programas e pela universidade. Além disso há a demanda de aprendizado de línguas para alguns tipos de parcerias que são firmadas”, ressalta o professor Elton.

O professor Loïc também compartilha da mesma opinião. “Eu acho que isso influencia bastante no desempenho dos alunos, porque eles começam a perceber que conseguem entender e isso dá mais confiança. Outro ponto importante é o contato com a cultura: entender costumes, formas de pensar e situações típicas. Isso tudo motiva mais o estudo, porque o francês deixa de ser só uma disciplina e passa a ser algo vivo e interessante. E quando eles participam das conversas depois do filme, é uma chance incrível de praticar a fala e trocar ideias de um jeito mais leve”, explica Loïc. “Não perca esta oportunidade única de mergulhar em uma história impactante e de participar de um momento especial de troca cultural e reflexão! Te esperamos lá!”, convida Loïc

SIGA-NOS NO Google News

Tudo Sobre:

  cultura  ufms  frances  cinema