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Candidato que morreu após TAF da PM tinha sonho de ser policial
Natural de Goiânia (GO), Arthur Matheus Martins Rosa veio para MS apenas para realizar a teste físico da polícia
Sexta-feira, 04 Agosto de 2023 - 17:00 | Marina Romualdo
O candidato que morreu após o Teste de Capacidade Física (TAF) da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), Arthur Matheus Martins Rosa, de 25 anos, tinha o sonho de ser policial. Ele passou mal durante o percurso na quinta-feira (03), não resistiu e veio a óbito nesta sexta-feira, 04 de Julho.
Natural de Goiânia (GO), Arthur estava na cidade apenas para fazer o TAF. A equipe do Diário Digital conversou com a namorada dele, Lays Rosa Campos, de 23 anos, que contou que o concurso era o sonho do companheiro. "Ele veio para Campo Grande para fazer a prova, pois, tinha o sonho de ser policial. Só viemos para a cidade depois que ficamos sabendo que ele havia passado mal e, em seguida tivemos essa notícia triste. E, só recebemos ajuda do Batalhão da Polícia Militar e da Prefeitura Municipal".
Além disso, foi relatado pela mesma que o candidato ficou esperando por mais de 7 horas para realizar a prova. Vale destacar que o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) vem publicando alertas de perigo da baixa umidade de ar para os 78 municípios de MS, no qual, o aviso recomenda evitar exposição ao sol e repreende atividades físicas.
No entanto, o Teste de Capacidade Física continua sendo realizado. O teste físico foi realizado nesta sexta-feira (04) das 6h até às 11h, no Centro Olímpico Vila Nasser. Já no período da tarde, está sendo realizado apenas o Teste de Resistência Abdominal, na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).
Desmaiaram no TAF – Na quinta-feira (03), em um vídeo que a reportagem do Diário Digital teve acesso mostra que três candidatos desmaiaram no momento antes de terminar o percurso. Em uma filmagem, uma mulher corre e desmaia segundos depois. Já outra gravação, mostra algum deles sendo atendidos pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Em um deles, Arthur Matheus aparece e é um desses que passa mal. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informou que ele foi levado até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Coronel Antonino por volta das 14h15 e depois transferido para o Hospital do Pênfigo às 15h04.
Candidatos desmaiam antes de terminar o percurso (Vídeo: Reprodução)
Já na unidade hospitalar, precisou ser entubado. E, acabou não resistindo e veio a óbito na manhã desta sexta-feira (04) no hospital. Por meio de comunicado, o Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (IDECAN) informou que todo candidato é obrigado a apresentar atestado médico e exames assinados por profissionais de saúde de sua confiança.
“A equipe médica da ambulância de plantão constatou um quadro de desidratação. Porém, os laudos de Arthur indicavam que o rapaz estava apto a se submeter à prova. Além dele, outras 361 pessoas participaram dos testes ontem. As regras e especificações do TAF são estabelecidas pelo edital da comissão especial da Polícia Militar e executadas pela banca. O modelo é padronizado para concursos de policiais e bombeiros em todo o país”, diz um trecho da nota.
(Vídeo: Reprodução)
“Há mais de 40 dias, o Idecan disponibilizou o cronograma para a preparação dos candidatos, que deveriam percorrer 2.400 metros em 12 minutos para serem aprovados, conforme prevê o edital elaborado pela comissão do concurso. O objetivo do teste é selecionar profissionais com capacidade física mínima para atuarem no cotidiano da segurança pública. Nos dias dos testes, a banca dispõe de tendas com cadeiras e água para abrigar os participantes que aguardam o exame”.
Por fim, destaca que o mais importante – duas ambulâncias com equipes médicas ficam estrategicamente posicionadas nas extremidades da pista para prestar os primeiros socorros. "A banca lamenta profundamente o ocorrido, se solidariza com parentes e amigos e dá suporte e apoio à família, providenciando inclusive o translado do corpo para Goiânia-GO, cidade natal de Arthur".
Conforme foi divulgado pelo IDECAN, o atestado médico do candidato é assinado por uma médica de Goiânia, que afirma que Arthur estava apto para a realização da penúltima etapa do concurso que é o TAF, em Mato Grosso do Sul.
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