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Campanha alerta para aumento de mortes por câncer colorretal no Brasil
Terceiro tipo mais comum no país, doença tem mais de 20 mil vítimas fatais por ano
Quarta-feira, 12 Março de 2025 - 08:40 | Redação

Pouco se fala sobre o câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino. Este é o terceiro tipo mais comum no Brasil, atrás somente dos cânceres de pele não melanoma, de mama e próstata. É um tumor maligno que afeta o cólon e o reto e surge a partir de pólipos intestinais. O câncer de intestino é prevalente nos indivíduos acima de 50 anos. Atualmente registra-se um aumento dos casos em pessoas mais jovens, e os especialistas acreditam que hábitos alimentares inadequados e o consumo exagerado de alimentos processados podem contribuir para esse resultado.
Visando aumentar o diagnóstico precoce do câncer de intestino e oferecer maior qualidade de vida e margem de cura, a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed) e a Sociedade Brasileira de Colonoscopia (SBCP) criou, em 2014, a campanha Março Azul com o tema “Chegou a hora de salvar sua vida”. A iniciativa tem o objetivo conscientizar a população sobre a prevenção e o diagnóstico precoce de câncer de colorretal (intestino grosso e reto).
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para os anos de 2023 a 2025, estima-se cerca de 45 mil casos novos dessa doença anualmente no país. Isso corresponde a uma incidência de 21/100 mil habitantes. Desses, aproximadamente 21 mil casos em homens e 23 mil em mulheres. O câncer colorretal ocupa a terceira posição entre os mais frequentes no Brasil e a segunda maior causa de morte. Sua maior taxa de incidência é observada na região Sudeste, mas também apresenta altas taxas de incidência nas regiões Sul e Centro-Oeste. Em 2020 foram registrados mais de 21,3 mil óbitos por câncer de intestino no Brasil, resultando em uma taxa de 11,67/100 mil habitantes entre homens e mulheres.
Renata Serafim Espindola é fisioterapeuta, mestra em ciências da saúde e professora de Fisioterapia na Estácio FAPAN. A docente explica que nos estágios iniciais, o câncer de intestino pode ser assintomático, dificultando o diagnóstico precoce. Com o avanço da doença podem surgir alguns sinais como: diarreia ou prisão de ventre persistente, presença de sangue nas fezes, dor e desconforto abdominal, sensação de evacuação incompleta, cansaço, fadiga constante e anemia.
“O diagnóstico tardio reduz as chances de cura dos pacientes e aumenta o custo para o tratamento. Por isso, a detecção precoce é a estratégia mais eficaz para salvar vidas e evitar gastos de alto custo e intervenções invasivas”, afirma Renata.
Evite riscos
Vários aspectos aumentam o risco de desenvolver o câncer de intestino. Esses fatores incluem: fatores genéticos, hábitos alimentares inadequados, sedentarismo, obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool e doenças inflamatórias. O diagnóstico é feito por exames clínicos, laboratoriais e de imagem, como colonoscopia, exame de sangue e tomografia computadorizada.
A prevenção do câncer de intestino passa por estilo de vida mais saudável e exames regulares. Apesar das altas taxas de letalidade, a doença tem grandes chances de cura quando diagnosticada precocemente. Portanto, exames regulares, especialmente para pessoas acima de 50 anos e para as pessoas que apresentam fatores de risco são de extrema importância.
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