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Assassino é condenado a mais de 27 anos de prisão
Sexta-feira, 29 Março de 2019 - 19:37 | Redação
Aconteceu na tarde desta sexta-feira (29) o julgamento de Luis Alberto Bastos Barbosa, o homem acusado de matar cruelmente a musicista Mayara Amaral dentro de um quarto de motel, no mês de julho de 2017. Preso preventivamente durante 1 ano e 9 meses, hoje o réu foi condenado a cumprir 27 anos e 2 meses de prisão mais 40 dias de multa pelo assassinato cometido à professora da Reme Municipal de Ensino (REME) de Campo Grande.
Durante o julgamento presidido pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, a Promotora de Justiça Aline Mendes Franco Lopes desmentiu a versão do crime contada pelo réu e afirmou que Luis não foi surpreendido pela possibilidade de ter sido infectado por alguma doença sexualmente transmissível (DST), já que este assunto teria sido tratado pelos dois antes do encontro no motel.
A quantidade de golpes de martelo desferidos contra Mayara também foi contestada pela Promotora, segundo ela em laudo pericial foram detectadas seis marteladas na cabeça da vítima enquanto em depoimento Luis alegava ter atingido apenas um golpe. Para surpresa da defesa, a acusação ainda apresentou a bateria de exames deixada por Mayara antes de seu assassinato, nela constava resultado negativo para DST’s.
Apontado como subterfúgio para redução de pena o exame de sanidade mental foi considerado como o desejo de toda defesa já que é capaz de diminuir de 1 a 1/3 da condenação. Chamado de ‘caminho dos sonhos’ a Promotora fez duras críticas à maneira de realização do laudo pericial e confirmou a condição do réu de psicótico dissocial que não aceita ser contrariado, mas que é racionalmente brilhante. O uso de drogas, apontado como motivador do crime, não foi a causa do desejo de matar o que reforça que o acusado “deve cumprir pena integral e não receber de prêmio semi-imputabilidade” como exclamou a Promotora Aline Mendes.
Conrado de Souza Passos, advogado de defesa de Luis, iniciou sua argumentação citando um versículo da bíblia e logo tratou de acusar a Promotora Aline de distorcer os fatos e chamá-la de ‘comentarista de laudo pericial’. “Então quer dizer que a perita de Mato Grosso do Sul é uma picareta?” perguntou Conrado, que também disse que a Promotora teria aceitado o laudo em primeira instância sem pedir verificação do exame para usar isso como ‘carta na manga’ no dia do julgamento final “vai diminuir uma coisinha assim, é direito dele, o cara é um doente mental” sustentou o advogado de defesa.
Além disso, Conrado acusou Mayara de ser a motivadora do crime e disse que “se ela quisesse ter saído viva do quarto ela sairia, este caso não é um caso de feminicídio, é muito evidente que não é” alegou o advogado. A relação entre Mayara e Fábio também foi exposta no julgamento, “isso indica que já havia uma briga por causa dessa doença. Ela tinha um machucado no olho causado por Fábio e disse que era resultado de sexo brutal permitido” afirmou durante sessão.
Ilda Cardoso, mãe de Mayara Amaral, exclamou sua preocupação diante a sociedade quando se referiu ao advogado do assassino de sua filha “este é o tipo de homem que a gente tem na sociedade, se é assim tendo estudo imagina se não tivesse” comentou a mulher que sofria com fortes dores no estômago por ter que escutar os absurdos ditos pelo advogado do réu durante julgamento.
Luis Alberto Bastos Barbosa, de 29 anos, sentenciado em 27 anos e 2 meses de prisão mais 40 dias de multa pelos crimes de feminicídio por motivo fútil realizado de maneira que dificultou defesa da vítima além de destruição de cadáver e furto. Luis ainda teve redução de seis meses de sua pena por ter confessado o assassinato.
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