Economia
Cesta básica de Campo Grande tem maior variação entre as capitais
Custo dos alimentos aumentou nas 17 capitais pesquisadas pelo Dieese com destaque para a Capital
Quarta-feira, 06 Novembro de 2024 - 14:05 | Redação
O custo da cesta básica aumentou nas 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre Setembro e Outubro de 2024, Campo Grande teve a variação mais expressiva de 5,10%, seguida por Brasília (4,18%), Fortaleza (4,13%), Belo Horizonte (4,09%), Curitiba (4,03%) e Natal (4,01%).
São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 805,84), seguida por Florianópolis (R$ 796,94), Porto Alegre (R$ 774,32) e
Rio de Janeiro (R$ 773,70). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram verificados em Aracaju (R$ 519,31), Recife (R$ 548,19) e Salvador (R$ 560,65).
Em Campo Grande, o valor da cesta é de R$ 751,06. O valor da cesta básica para uma família com quatro pessoas fica em R$ 2.253,18. A variação mensal constatada foi de 5,10%, índice já mencionado. A variação no ano foi de 7,65%. Já a variação em 12 meses teve o índice de 9,97%, sendo também a maior constatada.
A comparação dos valores da cesta, entre outubro de 2023 e outubro de 2024, mostra que o custo dos alimentos básicos aumentou em 12 cidades. Como já foi citado Campo Grande foi o destaque com 9,97%, seguida por Brasília (9,77%), Goiânia (9,32%) e São Paulo (9,17%). Entre as cinco localidades com retração nos preços, destacam-se Recife (-1,60%) e Fortaleza (-1,17%).
Veja abaixo a tabela com o custo e variação da cesta básica nas 17 capitais pesquisadas:
Nos 10 meses de 2024, 16 capitais tiveram elevação nos preços médios, com exceção de Salvador, que ficou relativamente estável (-0,03%). As maiores altas foram
observadas em Campo Grande (7,65%), São Paulo (5,89%), Florianópolis (5,07%) e Rio de Janeiro (4,75%).
Cesta mais cara - Com base na cesta mais cara, que, em outubro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em outubro de 2024, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.769,87 ou 4,79 vezes o mínimo de R$ 1.412,00.
Em setembro, o valor necessário era de R$ 6.657,55 e correspondeu a 4,71 vezes o piso mínimo. Em outubro de 2023, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.210,11 ou 4,70 vezes o valor em vigor na época, que era de R$ 1.320,00.
Cesta x salário mínimo - Em outubro de 2024, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 105 horas e 14 minutos, maior do que em setembro, quando ficou em 102 horas e 14 minutos. Já em outubro de 2023, a jornada média foi de 107 horas e 17 minutos.
Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador
remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em outubro de 2024, 51,72% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, e, em setembro, 50,24%. Em outubro de 2023, o percentual ficou em 52,72%.
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