Fogo de chão, uma paixão

Fogo. Uma paixão quente que está dentro de todos os assadores de mundo. Estudos recentes dos povos primitivos indicam que a produção do fogo pelo Homo erectus, o ancestral imediato do homem moderno, só aconteceu no período neolítico, cerca de 7 mil anos AC.

Após todos esses anos tivemos muitos avanços tecnológicos sobre a forma de cozinharmos o nosso alimento. Posso falar da técnica "Dirty Steak", bife sujo que basicamente é colocar a carne no fogo diretamente sem grelhas ou espetos.

Hoje tem até mesmo fogões de indução que trabalham com eletromagnetismo e não libera nenhuma chama. Mas cabe a nós reativarmos as brasas e trazer nossas tradições de volta.

No fogo de chão não existe restrição de variedades de alimentos que podemos assar, fritar, cozinhar e até queimar (tem que respeitar o fogo).

Vou citar algumas formas de cozinhar rescoldo, parrilla, plancha, infiernillo, curanto, varal. Agora pensa nas receitas carreteiro, macarrão de comitiva, puchero, costelão, cordeiro, peixes, basicamente todos os alimentos. Já que vai depender dos seus instrumentos pois o principal é o fogo de chão, junto com ele vem frigideiras, grelhas, arames, espetos, ganchos entre outros.

E o sabor? aquele sabor ao fundo do alimento preparado no fogo a lenha! todos nós temos uma lembrança sobre um prato feito por alguém seja uma costela que é tradicional ou um simples café. Minha lembrança mais interessante do fogo de chão é após uma fogueira imensa de São João, no amanhecer quando sobrava apenas as cinzas meu avô jogava batata doce com casca diretamente ao fogo. Após um tempo ele as retirava e nós comíamos aquela batata cozida tão quentinha e no ponto perfeito.

Entre assopros e batidas na roupa para tirar as cinzas meu primeiro contato com fogo de chão.

Se preparem para uma série de vídeos com tudo feito ao fogo de forma direta.

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