Sem hipocrisia: como você tem tratado o outro? Ou está sendo tratado?

Muitos de nós já ouvimos a famosa máxima: "Devemos separar as situações ruins que acontecem ao longo do dia e não deixá-las interferirem em nossa rotina." Soa como um ótimo conselho, não é? Mas na prática, especialmente no ambiente profissional, é mais fácil falar do que fazer. 

No trabalho, frequentemente nos deparamos com situações que nos deixam com uma sensação de aperto no peito, de impotência ou até mesmo de frustração profunda.

O grande dilema é: 

Como separar esse turbilhão de emoções e a comunicação equivocada (ou a falta dela) de nossa rotina normal? E, mais importante, da nossa vida pessoal?

A resposta está na comunicação. 

É através dela que construímos ou destruímos relacionamentos. A chave é entender quem comunicou o quê, e mais ainda, como vamos responder a essa comunicação. Muitas vezes, quem está em casa, aquele porto seguro, acaba ouvindo nossos desabafos e, infelizmente, carregando o peso de nossas frustrações. Mas será que essas pessoas realmente merecem essa carga emocional!

Nossa tendência natural é desabafar com quem mais confiamos. Contudo, a forma como escolhemos desabafar e comunicar nossas emoções faz toda a diferença. Precisamos lembrar que as pessoas que nos amam, que nos ouvem com paciência e carinho, não são as mesmas que causaram nossas frustrações. Portanto, é crucial medir nossas palavras e emoções ao nos dirigirmos a elas.

No ambiente profissional e no cotidiano, melhorar os relacionamentos e estabelecer nossa autoridade requer uma abordagem clara e assertiva. Aqui vai um conselho simples, mas poderoso: **Nunca permita que te maltratem!** É essencial estabelecer limites claros no tratamento que recebemos dos outros. Não aceite ofensas ou insultos sem se posicionar! Não importa se é um chefe, um colega de trabalho, alguém do curso ou qualquer outra pessoa. Se alguém te ofender, diga que não gostou e peça para a pessoa mudar seu comportamento em relação a você.

Aceitar insultos ou comportamentos agressivos e manipuladores é um convite para que esses comportamentos se repitam e até se intensifiquem. Portanto, se posicione! 

Diga que não gostou! Ou, de forma ainda mais assertiva, olhe diretamente para essa pessoa e pergunte se ela está bem, se precisa de ajuda. E finalize com um firme: “Sinceramente, eu não gostaria que isso se repetisse.”